O termo “mesmo exercício financeiro” refere-se a um período de tempo específico de 12 meses, geralmente coincidente com o ano civil, durante o qual uma entidade, seja ela governamental ou privada, planeja, executa e controla seu orçamento. No contexto do setor público, este conceito é crucial para a gestão fiscal responsável e transparente. Em empresas privadas, ele é fundamental para o planejamento estratégico e o acompanhamento do desempenho financeiro.
Dentro do “mesmo exercício financeiro”, todas as receitas e despesas são registradas e contabilizadas. Isso inclui salários, investimentos, compras, impostos, e qualquer outra movimentação financeira. O objetivo é ter uma visão clara e completa de como os recursos foram utilizados e se os objetivos financeiros foram alcançados durante aquele período.
No âmbito governamental, a importância do “mesmo exercício financeiro” reside na sua ligação direta com o ciclo orçamentário. O orçamento, elaborado com base em previsões de receitas e alocações de despesas para o período, serve como um guia para a administração pública. Ao longo do “mesmo exercício financeiro”, a execução orçamentária é monitorada de perto para garantir que os gastos estejam em conformidade com o plano aprovado pelo legislativo. Eventuais desvios precisam ser justificados e, em alguns casos, requerem autorização especial.
Ao final do “mesmo exercício financeiro”, as contas são fechadas e o balanço patrimonial é elaborado. Este documento apresenta a situação financeira da entidade naquele momento, incluindo seus ativos, passivos e patrimônio líquido. Além disso, o resultado financeiro do período, ou seja, se houve superávit (receitas maiores que despesas) ou déficit (despesas maiores que receitas), é apurado e divulgado. Essa prestação de contas é fundamental para a transparência e a responsabilização dos gestores públicos.
Em empresas privadas, o “mesmo exercício financeiro” é crucial para a elaboração de demonstrações financeiras como o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício (DRE) e a demonstração do fluxo de caixa. Essas demonstrações são utilizadas para avaliar o desempenho da empresa, atrair investidores, obter crédito e cumprir obrigações legais e regulatórias.
A correta gestão do “mesmo exercício financeiro” é essencial para a saúde financeira de qualquer organização, seja pública ou privada. Permite um controle rigoroso dos gastos, um planejamento estratégico eficaz e a tomada de decisões informadas, contribuindo para a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo.
Finalmente, é importante notar que, embora a maioria das entidades utilize o ano civil como seu “mesmo exercício financeiro”, algumas podem optar por um período diferente, especialmente em função de suas características setoriais ou estratégias de planejamento. O que permanece fundamental é a definição clara desse período e o seu rigoroso cumprimento em termos de gestão e controle financeiro.